Dentre os fatores determinantes da qualidade do vinho, a variedade da cepa talvez seja o mais fácil de detectar numa degustação às cegas.
Cores, cheiros e sabores. Receitas, vinhos, curiosidades e outras preciosidades. Bom apetite!!!
Dentre os fatores determinantes da qualidade do vinho, a variedade da cepa talvez seja o mais fácil de detectar numa degustação às cegas.









A Ampelografia é o estudo do cultivo da videira, que, num sentido mais amplo, é definida como uma planta arbustiva trepadeira, com ramos longos e flexíveis chamados sarmentos, compreendendo milhares de variedades, sendo que pelo menos 5.000 delas estão catalogadas e menos de 50 delas interessam aos enófilos. Apesar de sua imensa variedade, destacam-se duas grandes espécies de plantas produtoras de uva: A européia, do gênero botânico Vitis e nome específico vinifera, é a videira que produz o fruto com teor de açúcar e elementos ácidos em proporções ideais para se chegar a um bom vinho. A espécie americana, cujo aroma desagradável (foxy - "raposa molhada") e o baixo teor alcoólico alcançado na sua fermentação limitam sua utilização na produção vinícola, tem seus frutos empregados como uvas de mesa ou para a produção de vinhos de baixa qualidade. A importância dessa espécie decorre de sua aplicação na enxertia, para o fortalecimento das videiras, já que há mais de um século não se faz mais o plantio em pé franco, ou seja, deixou-se de lado a prática de retirar a vara de uma videira mais velha e enfiá-la diretamente no solo para se conseguir uma planta nova, adotando-se a técnica chamada "cavalo". A enxertia surgiu como a mantenedora da existência de bons vinhos, ao garantir o surgimento de videiras híbridas em substituição às originais dizimadas pela praga filoxera. No final do século XIX, entre os anos de 1865 e 1885, um inseto minúsculo, medindo não mais do que um milímetro e batizado com o nome de Phyloxera vastatrix, foi responsável pela mudança completa da vitivinicultura européia, já que arrasou os parreirais daquele continente. Como a Vitis vinifera é vulnerável ao ataque dessa praga, criou-se a prática de plantar a resistente videira americana que, depois de um ano, sofre um corte no caule para que se faça o enxerto de uma vara ou sarmento da videira européia. Assim se consegue uma videira imune à filoxera e que produz bons frutos para a vinificação, o porta-enxerto americano (cavalo) funcionando como simples condutor de seiva e a videira européia (cavaleiro) contribuindo com a parte genética para garantir a qualidade da uva e, portanto, do vinho. A videira só dá bons frutos para a vinificação depois do quarto ou quinto ano de seu plantio, produzindo por mais 25 ou trinta anos. No Chile, excepcionalmente, existem videiras centenárias ainda férteis, graças ao solo especial e porque os parreirais chilenos não foram atingidos pela filoxera, protegidos que foram pelo clima excessivamente seco e pela barreira da Cordilheira dos Andes.








INGREDIENTES (4 porções)
400 g de pappardelle (use massa fresca)
300 g de carne de javali cortada em cubos médios
60 ml de óleo extravirgem de oliva
20 g de cebola picada
100 g de salsão picado
100 g de cenoura picada
5 g de alecrim desfolhado
5 folhas de louro
10 g de zimbro picado
400 ml de vinho tinto encorpado
500 ml de caldo de carne
Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
Decoração
Folhinhas de alecrim
Zimbro picado
1 fio de óleo extravirgem de oliva
PREPARO
Tempere o javali com sal e pimenta.
Numa panela preaquecida, doure o javali em metade do óleo. Em outra panela, maior, doure a cebola, o salsão e a cenoura no óleo restante. Acrescente o alecrim, o louro e o zimbro. Em seguida, junte a carne de javali, o vinho tinto e reduza à metade.
Adicione o caldo de carne e cozinhe por cerca de 30 minutos. Se necessário, ajuste o sal e a pimenta.
Cozinhe a massa em abundante água fervente com sal por cerca de 2 minutos. Escorra-a e junte-a ao molho, misturando bem. Sirva em pratos fundos e decore com o alecrim, o zimbro picado e um fio de óleo extravirgem.
E agora o vídeo com a eterna e belíssima Sophia Loren armando o barraco no mercado em Nápoles...

Linguini e o ratinho Rémy, de Ratatouille
O crítico Rubens Ewald Filho, em parceria com a jornalista Nilu Lebert, lançou o guia "O Cinema Vai à Mesa - Histórias e Receitas", que destaca os movimentos gastronômicos por trás das cenas. Um guia que apresenta os filmes pela ótica gastronômica. É uma obra interessante, repleta de informações, histórias e curiosidades sobre cenas, atores e cozinha regional. Em parceria com a jornalista Nilu Lebert, o especialista define os tempos através da comida retratada em cada filme, destaca os movimentos gastronômicos por trás das cenas, faz comparações entre a filmografia do Oriente e do Ocidente com base nos pratos, criando um universo riquíssimo em que aproveita para falar da culinária local e decifrar ingredientes. A obra se completa com receitas extraídas de cenas marcantes e preparadas por chefs de renome em São Paulo. Qual o primeiro filme a consagrar a figura do chef? Por que o cinema brasileiro dá tão pouca importância à culinária? Por que A Festa de Babette se tornou referência? Como despontou o conceito de Food Film? Quais os maiores gourmets de Hollywood? O que as estrelas de cinema disseram sobre gastronomia? As respostas estão todas neste livro, que traz a análise de 28 filmes - clássicos, cults, incluindo os mais recentes como Maria Antonieta e Ratatouille.
"Comer bem é a melhor vingança!!"