sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

VINHO - Introdução ao estudo do vinho (4) - O Solo

2- O SOLO

A videira adapta-se bem a vários tipos de solo, mas, para que isso ocorra, três fatores são muito importantes: o solo deve ser pobre, seco e ter boa drenagem.

Essas três condições permitem que as raízes da videira se desenvolvam plenamente. Os terrenos férteis possibilitam grande produção de uvas, mas a qualidade do produto não é boa. Ao contrário do que pensa a maioria, os parreirais mais famosos estão plantados em terrenos de cascalho e pedregulho, onde qualquer outra cultura seria muito pouco viável. Esse é o tipo de solo que proporciona boa drenagem e aeração, permitindo também que se armazene o calor do sol para manter as raízes aquecidas à noite, quando a temperatura cai.

Sob essas condições, as raízes da parreira atingem até 15 m, absorvendo nessa profundidade a água e as substâncias minerais de que necessita para seu desenvolvimento. A umidade excessiva faz com que as raízes apodreçam.

Vale ainda dizer que as regiões de encostas são as mais indicadas para a viticultura, pois facilitam a insolação e o escoamento das águas. quando houver irrigação artificial, o plantio deve ser no terreno plano.

A composição dos solos não é homogênea, daí a variação da qualidade e das características da uva, mas existe um fator básico e indiscutível: o solo ácido não favorece a viticultura.

Dentre a diversidade de solos existentes, podemos citar o solo de ardósia, muito comum na Alemanha, nas regiões do Saar e do Mosel, é o solo ideal para a produção de vinhos leves e aromáticos. O solo argiloso, que favorece a acumulação de água no sub-solo, não é especialmente indicado para a produção de grandes vinhos, mas funciona muito bem para os vinhos brancos doces (Loire) e tintos de boa qualidade, mas não excepcionais. O solo vulcânico, é próprio para a produção de vinhos tintos bem encorpados, com intensos aromas minerais, como os encontrados no sul da Itália e na Sicília. Já o solo calcário, é ideal para a viticultura, oferecendo pouca resistência à penetração das raízes da videira, reflete a luz solar e armazena o seu calor para o período noturno. Favorece os vinhos brancos bem estruturados, complexos e elegantes como os da Borgonha e o Champagne.

O Conceito de Terroir

Como a nossa saudade portuguesa, o termo terroir não é de fácil tradução, sendo muito caro aos franceses, principalmente àqueles da Borgonha. Não se trata apenas do solo, do terreno, mas a ele devemos somar a idéia das substâncias que compõem o subsolo, a inclinação do terreno, sua drenagem e outros conceitos microclimáticos como a insolação. Aqueles que defendem a supremacia do terroirna elaboração do vinho, como os borgonheses e alsacianos, acreditam que o vinho deve expressar "la vrai voix de la terre" (a verdadeira voz da terra). E, para que essa "voz" seja ouvida, preconizam: o uso de barricas de carvalho velhas, de aço inox ou de tanques de cimento, para se manter a neutralidade do sabor;

1. o uso de leveduras naturais;
2. a baixa produção;
3. pouca ou nenhuma filtragem

Opondo-se aos "terroiristes", como os chama Robert Parker, vamos encontrar os "realistas" ou modernistas, para quem o terroir é apenas um dos muitos fatores que influenciam o estilo do vinho, ao qual devem se somar: a filosofia da colheita, a forma de produção, as técnicas de fermentação e de vinificação, a filtragem, o tempo na madeira e na garrafa, as condições sanitárias e a temperatura da zona de armazenamento.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tainha à Ponta da Praia

Ingredientes
-1 unidade(s) de tainha limpa(s)
-4 dente(s) de alho
-1/2 maço(s) de coentro
- sala gosto
- pimenta-do-reino branca a gosto
-1 colher(es) (chá) de segurelha
-1/2 copo(s) de vinho branco

Recheio
-300 gr de camarão sete barbas limpo(s)
-100 gr de ovas de tainha
-200 gr de palmito
-azeite para refogar
-1 unidade(s) de cebola picada(s)
-2 dente(s) de alho picado(s)
-1 unidade(s) de tomate picado(s)
-1/2 xícara(s) (chá) de coentro
-sal a gosto
-pimenta-do-reino branca a gosto
-1 colher(es) (sopa) de manteiga
-1 1/2 xícara(s) (chá) de farinha de mandioca crua
-2 unidade(s) de ovo cozido picado(s)
Modo de preparo
1 - Lave o peixe e faça uma abertura nas costas, da cabeça à cauda. Amasse ou soque o alho com a segurelha e o sal. Misture ao coentro picado, pimenta do reino e o vinho. Faça cortes rasos na pele do peixe e esfregue bem o tempero. Deixe descansar por cerca de uma hora.

Recheio:
2- Cozinhe as ovas em água e sal. Leve uma frigideira ao fogo com a manteiga ou margarina, deixe aquecer e junte as ovas. Frite até que dourem. Desligue o fogo, retire as ovas. Amasse-as com um garfo ou pique em pedacinhos miúdos. Devolva à frigideira com a manteiga. Ligue o fogo e, quando aquecer, junte a farinha de mandioca. Mexa bem e deixe pegar cor, sempre mexendo bem. Reserve.

3- Numa panela ou frigideira funda, coloque o azeite, refogue a cebola e o alho e, quando estes estiverem já refogados, junte o tomate. Dê uma refogada, de modo a que fique bem seco. Junte os camarões
e o broto de bambu ou palmito. Deixe cozinhar de 5 a 8 minutos, com a frigideira destampada para que seque bem. Sal e pimenta devem ser colocados durante esse cozimento, a gosto. Junte a salsa ou coentro.

4- Junte a farofa de ovas ao refogado de camarões e mexa bem. Coloque os ovos cozidos
picados. Recheie com a farofa assim obtida o peixe.

5- Costure o peixe com uma linha de algodão, de cor contrastante para poder tira-la antes de servir. Cubra o peixe com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido por meia hora, coberto. Em seguida, retire o papel alumínio e deixe mais 30 minutos, sempre em forno alto.

Dicas

1- Asse em uma forma refratária que possa ir à mesa ou cubra a forma com fatias de pão ou batata para que o peixe não grude e transfira para uma travessa de servir.

2- Guarneça com o restinho da farofa, folhas de alface e limões em rodelas. Se sobrar pouca farofa, guarneça com ovos cozidos. A primeira farofa, de ovas é deliciosa.

3- Se preferir provar apenas a farofa de ovas, é só juntar sal a gosto e Salsa picada
bem miúdo que é um excelente acompanhamento para peixes.